8 de julho de 2010

30 anos sem o poeta Vinícius de Moraes.

No dia 9 de julho, faz 30 anos que a arte perdia Vinícius de Moraes. Diplomata, dramaturgo, jornalista, poeta e compositor brasileiro que marcou a cultura em poemas, livros e canções.

Poeta essencialmente lírico, o poetinha (como ficou conhecido) notabilizou-se pelos seus sonetos. Sua obra é vasta, passando pela literatura, teatro, cinema e música. No campo musical, o poetinha teve como principais parceiros Tom Jobim, Toquinho, Baden Powell e Carlos Lyra.

Vinicius nasceu em 1913 no bairro da Gávea, Rio de Janeiro, filho de Clodoaldo Pereira da Silva Moraes, funcionário da Prefeitura, poeta e violonista amador, e Lidia Cruz, pianista amadora.


Além da carreira diplomática, de onde atuou até o final de 1968, Vinicius começou a se tornar prestigiado com sua peça de teatro "Orfeu da Conceição", obra de 1954. Além da diplomacia, do teatro e dos livros, sua carreira musical começou a deslanchar em meados da década de 1950 - época em que conheceu Tom Jobim (um de seus grandes parceiros) -, quando diversas de suas composições foram gravadas por inúmeros artistas. Na década seguinte, Vinicius de Moraes viveu um período áureo na MPB, no qual foram gravadas cerca de 60 composições de sua autoria. Foram firmadas parcerias com compositores como Baden Powell, Carlos Lyra e Francis Hime.

Nos anos 1970, já consagrado e com um novo parceiro, o violonista Toquinho, Vinicius seguiu lançando álbuns e livros de grande sucesso.

Em 2005, Maria Bethânia grava pela Biscoito Fino, "Que falta você me faz",
em que redimensiona sua memória afetiva - e a de infindáveis gerações de brasileiros - através do cancioneiro de Vinicius de Moraes.

Vinícius de Moraes se referiu a Maria Bethânia em 1965, quando uma jovem cantora recém chegada da Bahia, com as seguintes palavras: "Maria Bethânia canta como uma jovem árvore que queima numa crepitação de madeira que se extingue para o alto. Tudo é combustão nessa extraordinária cantora cuja voz nos veio da Bahia, para transmitir uma mensagem de amor e poesia como raramente acontece. Seu canto é livre e puro, mas não de uma pureza casta e desumana: é o encontro do céu com a terra, um casamento do mundo com o infinito. Nela o timbre crestado, com uma realidade de juta, é um dos componentes mais humanos; mas seu canto se eleva mais alto, lírico, embriagado de espaço, cravejado de estrelas.

Maria Bethânia canta com a liberdade dos pássaros para fora e para cima, mas sem perda dessa intimidade fundamental à comunicação".

Vinícius, pode ser definido em uma palavra: intensidade. Nas amizades, no amor, na poesia, na música, na vida. Foram mais de 400 poemas e letras de música, 12 livros  e mais de 40 álbuns. Produção que foi ampliada depois de sua morte, com antologias e regravações feitas por artistas nacionais e internacionais de diversos gêneros musicais.

"A bênção Maria Bethânia". (Vinicius de Moraes, 3/12/65).


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