24 de junho de 2010

Maria Bethânia em homenagem para Amália Rodrigues.

No próximo fim de semana, na madrugada de sábado (26) para domingo, às 00h05, o Programa Almanaque da Globo News mostra o culto à cantora portuguesa Amália Rodrigues, em Lisboa. 

A cantora portuguesa faria 90 anos em julho, morreu há quase 11 anos, mas continua viva na paixão dos portugueses. Ainda hoje, é a única mulher com túmulo do Panteão Nacional, que só admite celebridades do porte de Pedro Álvares Cabral, Luis de Camões, Vasco da Gama, entre outros. O túmulo de Amália é o único que tem flores cuidadas e renovadas todos os dias por seus fãs. Aliás, os Amalianos continuam em plena atividade. É um grupo de fãs que se reunia uma vez por ano com Amália para comer, cantar e dançar.

O Almanaque percorreu Lisboa pelos caminhos de Amália. Foram desde à freguesia da Pena, em Lisboa, onde ela nasceu, e por onde cantava desde os 6 anos de idade até a casa onde ela morou por quase 50 anos, onde é aberta à visitação pública e lá é encontrado desde o papagaio africano, Chico, que Amália adorava, a roupas, réplicas da coleção de jóias e condecorações que, quando viva, mantinha escondidas. 
Depoimentos como os dos guitarristas Joel Pina que com 90 anos de idade, diz que foram só momentos magníficos, que Amália era tratada como embaixadora de Portugal, e Jorge Fernando com 50 anos que afirma que ninguém passava impune pela grandeza de Amália. Das empregadas Estrela Carvas, que é a guia das visitas à Casa-Museu, e com Leonildes Henriques, que acompanhou Amália nos últimos 13 anos de vida e que publicou no ano passado o livro "Os Meus 30 Anos com Amália", escrito pela jornalista Maria Inês de Almeida. E da cantora brasileira Maria Bethânia que declara sua admiração à fadista.
Amália era uma grande diva não só em Portugal, mas em vários países. Na França, imploraram para que ficasse no país e se tornasse uma cantora francesa; em Hollywood, a chamaram para ser estrela de cinema. Na Itália, era adorada. No Brasil, tinha fãs como Caetano Veloso e Maria Bethânia.

Amália gravou o primeiro disco no Brasil em 1945. Casou-se aos 40 anos com um engenheiro brasileiro, César Seabra. Chegou a largar o fado e a morar oito meses no Rio de Janeiro. Mas Lisboa e o fado a chamaram e ela voltou.
Amália cantava fados, mas gostava de interpretar canções em francês, inglês e espanhol. Gostava do destino triste dos fados, mas também das cantigas alegres.
Com a morte do marido, as já provadas injustas acusações de fascista e com o coração debilitado, Amália foi ficando cada vez mais reclusa. Passava a maior parte do tempo na casa de praia no Alentejo, com as flores que tanto gostava e os animais.

Uma noite, sentiu-se muito mal e disse a Lili que queria voltar para Lisboa. Morreu na madrugada do dia 6 de outubro de 1999, no banheiro, provavelmente traída pelo coração. Como dizia uma cozinheira da fadista, Amália era uma feiticeira. E o feitiço continua.

Confira no Almanaque, na madrugada de sábado (26) para domingo, às 00h05.


Fã-clube Grito de Alerta.

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